Mariana Gabriele
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10th January 2022
HISTÓRIAS DE LUTA: GRANDE REPORTAGEM SOBRE O FEMINISMO NEGRO
Ainda que as mulheres negras estejam lutando e ocupando mais lugares na sociedade, é possível afirmar que ainda existe um grande privilégio que abrange apenas as mulheres brancas. As opressões que ambas sofrem não são as mesmas e os lugares que ocupam estão longe de ser. Na mídia e no cotidiano, já é possível identificar algumas mulheres negras ocupando lugares de repórteres, atrizes e apresentadoras, advogadas, etc. Mas ainda existe a falta de representatividade que coloca essas mulheres em papéis subalternos, com a figura delas representada, por exemplo, relacionando ao samba, empregadas domésticas em novelas - onde raramente são protagonistas – e sofrendo preconceito e agressão por serem quem são.
Em 2020, várias bandeiras de ‘vidas negras importam’ foram levantadas em meio a protestos por conta da violência sofrida pela comunidade. Porém, no mesmo ano, um balanço divulgado pelo “Monitor da Violência” mostra que 3 a cada 4 mulheres assassinadas são negras, e que elas correspondem a 50% das vítimas de estupro.
A população negra, que é maioria em nosso país, precisa ser vista e ouvida, e pertencer à sociedade, ter seus direitos adquiridos reconhecidos, sociedade essa que precisa combater o racismo diário para defender o óbvio: o direito à vida.
A importância desta Grande Reportagem está em trazer a perspectiva das mulheres negras perante à sociedade, mas além de contar suas lutas, apresentam um “ar” de esperança. As coisas estão mudando, e talvez daqui a algumas décadas, esse assunto nem será mais discutido. O resgate da ancestralidade é fundamental para que essa revolução continue acontecendo e para que futuramente toda sociedade possa colher esses frutos.